De acordo com um representante do governo, os drones em questão foram autorizados pela Administração Federal de Aviação (FAA).
No início da primeira coletiva oficial da secretária de imprensa Karoline Leavitt, realizada na última terça-feira, a Casa Branca trouxe esclarecimentos sobre os drones misteriosos avistados em Nova Jersey no final do ano passado.
A série de avistamentos gerou grande repercussão e preocupação entre os moradores da região, mas, segundo Leavitt, não há motivos para alarme.
De acordo com um representante do governo, os drones em questão foram autorizados pela Administração Federal de Aviação (FAA) . A declaração ocorreu após semanas de especulações, que variaram desde teorias sobre espionagem estrangeira até hipóteses envolvidas sobrenaturais.
“Antes de passar para as perguntas, tenho uma atualização diretamente do presidente dos Estados Unidos sobre a onda de avistamentos de drones que causou inquietação entre os cidadãos no final de novembro e início de dezembro”, anunciou Leavitt ao iniciar sua fala.
O Que a Casa Branca Disse Sobre os Drones?
Karoline Leavitt informou que, após investigação conduzida por autoridades competentes, os drones avistados eram de natureza variada. Segundo ela, muitas atividades foram realizadas permitidas pela FAA para fins de pesquisa e outros usos legítimos.
A postagem também destacou que uma parcela significativa dos drones era operada por amadores e entusiastas de aeronaves não tripuladas, algo que teria exacerbado os avistamentos.
“Esses drones foram autorizados pela FAA para diferentes finalidades, incluindo pesquisa científica e atividades recreativas”, explicou. Ela também publicou que a curiosidade do público em relação aos drones contribuiu para amplificar a sensação de mistério. Ao encerrar sua declaração, Leavitt tranquilizou a população ao afirmar categoricamente que "isso não era o inimigo".
Assista o vídeo no canal New York Post no YouTube:
Por que a revelação Demorou tanto?
Apesar da tentativa da Casa Branca de apaziguar as preocupações, a resposta oficial não agradou a todos. Muitos críticos apontaram para a demora do governo em se manifestar enquanto o pânico tomava conta das redes sociais e da mídia. A ausência de informações concretas durante os avistamentos, em novembro e dezembro, permitiu que especulações crescessem, alimentando teorias conspiratórias.
“Se esses drones eram realmente autorizados, por que o governo não apresentou essa informação no auge da comoção?”, questionou um analista de segurança entrevistado pela NBC News . Outro ponto levantado foi a ausência de detalhes específicos, como a identidade das empresas ou organizações que operavam os drones e suas atividades.
A revelação oficial de que os drones foram feitos com autorização não foi suficiente para zombar da parte do público. Nas redes sociais, os usuários continuam a debater a possibilidade de uma "cobertura governamental".
Muitos acreditam que os drones poderiam estar relacionados a programas secretos ou experimentos militares.
Outros sugerem que a explicação de Leavitt foi uma tentativa de “varrer a situação para debaixo do tapete”, como apontado por um artigo publicado no portal The Atlantic . O tom impreciso da declaração, para alguns, reforça a ideia de que há mais nessa história do que foi revelada.
Já os entusiastas de OVNIs continuam levantando a hipótese de que os drones poderiam ser, na verdade, tecnologia extraterrestre sendo testada ou mesmo um caso de contato direto.
Essas teorias, embora desacreditadas por especialistas, ganham força nas plataformas digitais, onde a narrativa oficial é frequentemente questionada.
O caso também trouxe à tona um debate mais amplo sobre o uso de drones nos Estados Unidos. Nos últimos anos, a popularidade dessas aeronaves não tripuladas cresceu exponencialmente, tanto para fins comerciais quanto recreativos.
Segundo dados da Federal Aviation Administration , o número de drones registrados no país ultrapassa 1,7 milhão, e a expectativa é que essa cifra continue aumentando nos próximos anos.
Apesar do avanço na tecnologia e sem acesso a esses equipamentos, a regulamentação ainda enfrenta desafios. A FAA implementou regras específicas para a operação de drones, como restrições de voo próximo a aeroportos e sobre áreas densamente povoadas.
No entanto, a fiscalização continua a ser um grande obstáculo, especialmente quando se trata de drones não registados ou não registados por indivíduos que desconhecem as leis.
Especialistas em segurança apontam que incidentes como os de Nova Jersey podem se tornar mais frequentes à medida que o uso de drones se expanda. Eles defendem maior transparência por parte das autoridades e empresas envolvidas, bem como a criação de mecanismos mais eficazes para identificar aeronaves e operadores em tempo real.
Embora a explicação da Casa Branca tenha sido suficiente para descartar ameaças estrangeiras ou militares, o caso dos drones misteriosos sobre Nova Jersey expõe fragilidades no sistema de comunicação e gestão de crises do governo federal.
A demora em fornecer informações claras durante o episódio gerou desconfiança e alimentou narrativas paralelas que ainda persistem.
O incidente também destacou a necessidade de avanços na regulamentação de drones, garantindo que o uso dessas aeronaves seja seguro e transparente. À medida que a tecnologia evolui, casos como esse devem servir como lições para que as autoridades sejam mais ágeis e diretas ao lidar com situações semelhantes no futuro.
O esclarecimento da Casa Branca pode ter resolvido parte do mistério, mas, para muitos, a questão dos drones continua envolta em dúvidas. Afinal, quem estava realmente por trás daqueles voos? E por que as respostas demoraram tanto a chegar? Resta saber se novos detalhes virão à tona ou se esse será apenas mais um caso deixado para trás.
Referência da Matéria: New York Post
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